sábado, 10 de fevereiro de 2018

TODO PILOTO E COMISSÁRIO DEVE LER SOBRE ESSA PAIXÃO






 A história de vida do Sr. Alberico deveria ser lida por todos os comandantes, pilotos, comissários. Enfim, todas as pessoas que trabalham na aviação. Ele representa aquele singelo passageiro que diariamente embarca em algum avião nos diversos aeroportos do Brasil e que na maioria das vezes a tripulação não imagina a paixão que cada passageiro pode ter em estar voando. 
 
Alguns passageiros podem estar voando pela primeira vez, outros discretos nem demonstram qualquer sentimento ou sinal por essa emoção. Outros já totalmente emotivos já estrapolam sua paixão e até pedem para serem fotografados e para visitar a cabine do piloto. E por outro lado, a tripulação atribuída em suas atividades não pode dedicar o tempo que gostaria a estes apaixonados pela aviação.

Mas seu Alberico é este passageiro, um apaixonado. Um verdadeiro passarinho dentro do avião, voando pelos céus do Brasil e do Mundo quando está dentro de uma aeronave. Sua paixão, logo foi despertada pelo nosso blog e não deixamos de perder a oportunidade de contar parte de sua história.

Então, com a palavra seu Seu Albelirico :

 

Eu deveria ter uns 5 anos de idade quando pegava os talos do jambo rosa e construía alguns aviões e os colocava no quintal. Então minha mãe varria e levava os talos também e claro que eu chorava muito. Mas no outro dia eu fazia tudo novamente.
Um dia meu pai trouxe um avião de guerra, mas eu brincava como e fosse um avião de passageiro. Naquela época passava sobre nossa casa um avião Caravelle da Cruzeiro. Eu já sabia da hora que ele passava, aproximadamente às 15:00. E eu só ficava esperando na janela. Quando de repente ouvia o barulho eu saia correndo, às vezes só pegava a calda do jato, mas ficava alegre por ter visto. Quando passava qualquer outro avião eu também corria, não importa o que estava fazendo, brincando, vendo filme ou almoçando. Lá saia eu correndo.
Sempre morei aqui em Recife. Meu pai foi para segunda guerra mundial. Trabalhou nos Correios. Tenho cinco irmãos, três homens e duas mulheres. Só eu gosto de aviões. O aeroporto na época era Aeroporto Internacional dos Guararapes. Acredito que desde os cinco anos que eu gosto de aviões.
Tinha uma prima que morava perto do aeroporto, minha irmã me levou lá na casa dela. Eu ficava besta admirando os aviões quando subiam. Lá tinha um lugar que dava para ver o aeroporto. Então, eu ficava olhando os aviões e esperando o carro levar ele para sair quando ele decolava ai eu dava uma carreira para casa dela e esperar o avião passar fui várias vezes dormir lá somente para ver os aviões.
Quando eu tinha uns 10 anos, num domingo a tarde eu estava no muro de minha casa. Tínhamos um banquinho de cimento e fícávamos vendo a rua. Meu irmão maior estava perto quando de repente apareceu um teco teco bem baixo e soltou duas bolas de plástico. Uma azul e eu acho que a outra era amarela em cima da gente, meu irmão pegou a azul e a outra caiu longe era propaganda de açúcar Sublime.  
 
 São pequenos detalhes que vou me lembrando ao contar minha história. Nessa época não haviam prédios por perto como agora tem. Até nessa idade eu também podia estar tomando café, almoçando ou jantando quando subia um avião eu saia correndo, tinha dificuldades até de dormir porque ficava querendo ver.
Meu primeiro voo foi num Hércules C130, eu tinha uns 8 ou 9 anos eu chamava de avião do Batom porque ele tinha o bico pintado de vermelho ou chamava de avião de quatro motores. Meu primeiro avião comercial foi um 727-100 Trans Brasil pra São Paulo depois foi 767-00 Varig 737-200Varig 737-400 Trans Brasil 737-700 800 777-200 Alitalia A321 Alitalia 777-200 Ellal A330-200 Tap e outros.
Meu sonho sempre foi entrar num 747 Jumbo. Sempre ia toda semana no aeroporto olhar eles. Mas depois da reforma ficou muito ruim de ver os aviões.
Descobri os aviões de metal e outras pessoas malucas como eu, através da internet. Então, passei a colecionar os modelos de escala 1/200. Passei a ser amigo e comprar do Pedro Miniaturas, do Hilton Mazur e do Alan Soares que customiza e de outros.
 
  O primeiro 747-200 que eu vi foi da TAP. Depois foi Air France, sempre ia toda segunda feira no aeroporto para ver o 747 da TAP as 21:40. Depois trocaram de avião, então parei de ir. Depois surgiu o Air France, mas ficava em casa porque ele decolava às 23:15, mas ficava em casa esperando ele passar bem longe, via ele bem pequeno e ficava feliz só por ter visto só uns quinze segundos. Com certeza os pilotos nem imaginam que nós apaixonados fazemos tudo isso pela nossa paixão.
Minha primeira tentativa de voar não deu certo. Foi na Semana da Asa. Fui com minha prima que conhecia alguém lá da Base Aérea. Deveria ter uns nove anos. Quando chegou a minha vez cancelaram o voo. Já estávamos na pista, falaram que o pneu estava gasto.
 
Não desisti, em outra oportunidade fui novamente e desta vez conseguir voar num Hércules C 130. Tinha um janelão atrás e tinha soldados na frente.  Depois que decolou, percebi que dentro fazia muito calor. Nós não usávamos cinto e ficaram algumas pessoas na frente, só depois que decolou que eu vi, mas me lembro de muitas coisas, a sombra no mar no chão as pessoas bem pequenas, fazia muito calor e tinha muita turbulência, apesar da altura baixa e devagar. 
 
 Mas não tive medo nenhum ao descer tinha um hangar entrei numa sala e procurei água, estava morrendo de sede, achei uma geladeira e não vi copo nenhum. E não quis nem saber, peguei a garrafa e bebi pelo gargalo quase toda a garrafa. Algumas pessoas ficaram rindo.
O primeiro jato comercial foi num 727-100 da Trans Brasil. Fui no corredor, mas ele fez escala em Brasília e tinha duas freiras na janela aí eu pedi para sentar na janela até São Paulo depois que desceu procurei elas e agradeci. Na volta foi num 707 Trans Brasil, a noite fiquei na janela tive sorte porque o avião já estava cheio e não tinha lugar marcado.


Sempre que viajo peço para ficar na janela. Em uma viagem de Israel pra Paris eu perdi voo e fui realocado mais tarde em outro avião. Me colocaram no meio do avião um 777-200 da Ellal. Fiquei doidinho porque não estava na janela. Ele estava cheio só restava três lugares não tive duvida corri e me sentei na janela eu acho que uns três minutos depois sentaram duas moças do meu lado eu tinha pego o lugar de uma delas. Mas elas não reclamaram. Uma era francesa e ela me falou que o marido dela era brasileiro, o voo internacional foi ótimo.
Já entrei na cabine de um 737-400 da Trans Brasil a noite. Cheguei a passar eu acho que mais de quinze minutos. Até pedi para eu ir me sentar que ia pousar e também vinha outro avião e ele piscou as luzes para o outro avião, mas eles não deram sinal.
Também entrei num 767-300 da Varig, tirei foto de tudo lá dentro, até de dentro do banheiro. Eu nao bebo, porém nesse voo da Varig que peguei aqui em Recife e que estava retornando de Porto, Lisboa. Eu me atrevi a beber um vinho do porto. Após fui ao banheiro e já não sabia mais aonde estava o meu assento. Passei do meu lugar e morria de vergonha procurando o meu assento.  Mas encontrei ele. 


Nunca tive medo de voar.  Adoro fazer escalas. Viajei pela Trans Brasil, pela Varig. Engraçado que fui a São Paulo com a tripulação da GOL no avião da BRA. Também percebi que o assento da Trans Brasil tinha o cinto da Varig. Realizei  voos internacionais da Alitalia, Tap e Ellal.
Certa vez comprei um relógio pela revista num voo de ida da Tap. Ao voltar quando abri a mala no Brasil na minha casa, só estava a caixa vazia. Roubaram meu relógio não sei se foi no hotel ou no aeroporto. Sempre achei as aeromoças extremamente educadas e a alimentação muito boa. Adoro turbulência e escalas. Gosto também de trazer as revistas de bordo e algumas mantas de cobertor.  Mas nunca peguei talheres, somente os copos de plásticos eu coleciono.
Hoje tenho 51 aviões de metal 1/200, 12 de ferro daqueles de shopping do pequeno, 16 grandes de outros materiais e alguns por encomenda com Irmãos do Ar e com o Francisco. Também compro do Hiltom Manzur, Pedro Miniaturas e Alan Soares que customiza. Devo ter uns 8º de Guerra do amigo Hilton Manzur, um DC3 e depois um 737-400 1/200 pelo aniversario que me deu de aniversário.
 
Já fui no Domingo Aéreo, no Campo de Marte em São Paulo. As pessoas ficam admiradas, mas sempre que chega um novo avião, minha mãe reclama ela fala “Outro Alberico  Bezerra de Melo,” Mas pra quem gosta nunca tem fim o problema agora é falta de espaço.
Meu avião preferido é o 747. Tenho um carinho também pelo ANTONOV 225 1/200 e pelo A360-600,  mas gosto de todos os aviões
No dia que caiu o A 330 da Air France eu estava aqui no aeroporto indo para Guarulhos e no dia seguinte eu para o Egito. E depois para Israel. Ficamos sabendo do acidente no aeroporto. Mas não fiquei com um pingo de medo foi na época que Obama estava visitando o Egito e lá ficávamos acompanhando as noticias do acidente.
Colecionava a revista Flap perdi mais de trezentas e mais outros tipos por causa do cupim. Depois comprei mais algumas. E coleciono cartões postais de aviões parei com 215 incluindo os aeroportos
 
O aeroporto daqui antes da reforma víamos quando o avião vinha bem longe o farol acesso até parar e ficava bem perto podíamos ouvir o barulho bem alto pra quem gosta era uma harmonia e as vezes o cheiro do combustível queimando e na decolagem víamos até ele sumir, mas hoje está muito ruim. Logo depois que o avião decola não se enxerga mais nada. Acaba os sonhos. Deveria ter um local melhor pra quem gosta de apreciar os aviões. O aeroporto foi modernizado, mas preferia o aeroporto anterior


 COMENTÁRIOS


Clóvis Muniz  
Amei a história contada com amor e sem palavras rebuscadas !
Parabéns pela linda narrativa ! Parabéns aos apaixonados por ferrovias e aerovias !!!



Darlan Ferreira 
Cara achei o máxima sua história, show de bola! Diverti-me pra caramba na história do vinho do Porto, que vc não bebe e errou assento. Ahahahahahahahahahahahahahahahahahaha. Da próxima vez não beba e traga para mim um vinho do Porto, assim vc não erra mais o assento. Ahahahahahahahahahahahahahahahahahaha. Showwwwww e bravooooo 👏👏👏👏👏


Marisa Lucchiari Nunes

Que Legal !!! Sou da mesma opinião que ele. Aeroporto tinha que ter uma varanda para os aficionados. Quando era pequena meu pai levava as filhas para a varanda de Congonhas. Era maravilhoso!!

José Mario Val 
E eu pensei que gostava de avião... Parabéns!!! Senhor Alberico!!!

Airton Souza 
Linda história !!!

Cmte Sandro 
Top

Walter Furtado Furtado  
BOAS HISTÓRIAS, BELOS DIAS!

Amei sua linda história! Tbm gostava de ver os aviões na "praia dos paulistas" rs, na hora do almoço,alguém lembra?em Congonhas, hj não existe mais.

Henrique Pergola
Que história linda e que paixão!
P A R A B É N S

Helio Arruda 
Parabéns por sua belíssima aventura em prol da aviação !!! Isso, de fato, é amor por uma atividade sonhada e criada por Alberto Santos Dumont , o Pai da Aviação!!!! Reitero os Parabéns Sr. Alberico 👏👏👏


Jayme Aurora
Parabéns
 pela paixão, muito legal

Francisco Haroldo Haroldo
E verdade!!! Vc no C- 130 eu em um DC-3....em 1968.... Fortaleza x Rio de Janeiro...

Fernando Freire
PARABÉNS
.. TAMBÉM voei demais. Preferencia sempre VARIG, posteriorme, AVIANCA, PAN AM ( fiz o último vôo PanAm de N.York/Rio. Alguns voos VASP e TRANSBRASIL. Tb. voei AA e United internos nos EEUA
Fiz um volta Roma/Rio num vôo Varig que teve fazer uma parada em Milão vom problema técnico que demorou bom tempo com mecânicos italianosbtrabalhando no meio da noite. Ao acabar um mecânico olhando para as janelas do avião fez o sinal cruz já que iriamos cuzar o Atlântico. Não me assustei e dei boas risadas. Após Avianca, que apósalgum trambique, encerrou atividades no Brasil. Então passei usar LAN e a Azul recém chegada ao Brasil.